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Os ponteiros do relógio indicavam 8h20 quando o Presidente do Observatório Internacional da Democracia Participativa, Calisto Cossa fez o discurso de abertura da 16 conferência a ter lugar pela primeira vez em África, mais concretamente na Matola- Moçambique.

"Esta 16ª Conferência do OIDP tem como tema central a “Boa Governação e Participação Inclusiva do Cidadão”, estruturado em 5 eixos fundamentais: a Democratização da democracia representativa, o Uso das redes da internet para o alargamento da participação cidadã na governação local, o Orçamento participativo, a Monitoria e avaliação das formas de participação cidadã, e o Papel das Universidades, Medias e das organizações da sociedade civil na educação cidadã para a participaçã", referiu Calisto Cossa que também é o presidente do Conselho Municipal da Cidade da Matola.

Falando para uma plateia de cerca de 2000 pessoas, Calisto Cossa fez saber que durante os três dias a conferência terá três plenárias, seis grupos de trabalho, uma reuniao da Assembleia Geral de Membros, visitas técnicas a ferramentas de participação cidadã na Matola e a premiação de práticas mundiais exemplares. O Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi não ficou a margem do maior evento das cidades do mundo e deixou ficar um "tpc" aos participantes "o principal propósito da democracia é delegar poderes ao povo. É o que devemos fazer", exortou o estadista moçambicano que tornou a vincar que o povo é seu patrão e ainda sugeriu aos delegados membros a pautarem por uma gestão democrática mais descentralizada.

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O primeiro dia da conferência foi marcado também por momentos culturais do grupo Paz no Mundo do Município de Xai-Xai, sem se descurar da entoação do Hino Nacional do Grupo Policial de Maputo. Há um pouco de tudo nesta conferência organizada pela Matola que pretende mostrar um pouco de si ao mundo, para tal, foi montado um centro de exposição que exibe um pouco de tudo sobre o país.

A satisfação dos munícipes matolenses é notória, como diz o cidadão, Carlos Novela, "gostei das experiências partilhas pelo Brasil e principalmente do que foi dito pelo Shin Gyonggu da cidade de Gwangiu City , Correia do Sul em que defende que construir 2500 unidades sanitárias públicas na cidade é promover os direitos humanos."

De resto, a partilha de experiências chocou alguns participantes quando por exemplo, Shin Gyonggu fez saber que a sua cidade gastou 700 milhões de de dólares na construção e manutenção de um edifício cultural.

A 16 Conferência do Observatório Internacional da Democracia Participativa conta com cerca 2700 participantes, 1500 delegados, 40 países, cinco continentes e terá o fim na sexta-feira (06).

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