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A prática do desporto é imprescindível para boa saúde e até para ocupação das crianças que são a seiva do futuro. Nestes tempos modernos que vivemos, o desporto é também economia, é turismo, é convivência social. Será por isso, que a Matolinha esmera-se, empenha-se, na massificação de talentos para a prática desportiva no Município da Matola.

Mas afinal, o que é Matolinha? É uma academia desportiva, é um centro de captação e formação de praticantes de basquetebol numa autarquia, "é o concretizar de um sonho, um resgate da tradição dos matolenses - a Matola sempre foi um celeiro de talentos da bola ao cesto", afirma o coordenar técnico da Academia Matolinha, Jorge Langa.

Tal qual na educação, não há, numa houve, uma escola sem professor. É neste âmbito que estão sendo formados na Matola, 22 monitores, dos quais oito são provenientes das diversas escolas primárias da urbe envolvidas no projecto, três das comunidades e 10 do Instituto do Magistério Primário - são lecionados técnicas fundamentais do ensino de basquetebol.

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"É um curso que visa capacitar formadores de atletas na Matola porque não se faz omeletes sem ovos. O curso tem a duração de seis dias e foi possível graças à colaboração do Conselho Municipal da Cidade da Matola, Serviços Distritais da Matola e da Direcção Provincial da Juventude e Desportos".

Segundo o coordenador do projecto, a maioria dos monitores que participam na formação são professores de educação física, o que facilita a assimilação das matérias porque já possuem conhecimentos básicos.

A Academia Matolinha pretende movimentar perto de 1000 crianças, 50 em cada escola,  de ambos os sexos, contando actualmente com 10 núcleos, um coordenador técnico e 22 monitores. Os formadores que também são professores de educação física pertecem as seguintes instituições de ensino: Escola Primária de Ana Mogas, Instituto de Magistério Primário da Matola (IMAP), Escola Primária de Mussumbuluco, Escola Primária de Liberdade, Escola Primária do Tunduro, Escola Primária de Sicuama, Escola Primária 4 de Outubro (Fomento Sial), Escola Primária de Ngungunhana, Escola Primária de Bagamoio e Escola Primária da Matola C.

Segundo avançou Jorge Langa, o maior desafio da academia é de criar uma prova, visando rodar os atletas, "preocupa-nos a falta de uma competição ao nível da Matola. Pedimos apoio de todas as instituições comprometidas com o desporto", referiu o coordenador que acredita que, se todos os envolvidos na Matolinha darem um pouco de si, a Matola daqui a 10 anos será mais do que uma referência no basquete, resgatando o passado.

"A Matola é um viveiro", começa por dizer Miguel Guambe, instrutor da Federação Internacional de Basquetebol (FIBA África) que afirma ter sido incumbido pela federação nacional da modalidade para ministrar o curso "Young Coach" o mesmo que dizer "treinador de jovens" que visa doptar os monitores das técnicas básicas do basquetebol.

"Sentimos que há um movimento desportivo notável na Matola, isso estimula-nos a contribuir para o seu desenvolvimento", diz sereno Guambe. A formação, segundo o instrutor é uniforme em toda a África e forma monitores que podem ensinar jovens até aos 16 anos de idade.

Efectivamente, a Matola tem potenciais talentos da bola ao cesto, exemplos não faltam. Miguel Guambe que, para além de ser instrutor da FIBA é treinador, aponta que dos 14 jogadores que de dispõe na Apolitécnica, oito são munícipes da Matola. "Repare que para além desses, tenho conhecimento de há muitos atletas matolenses no Ferroviário de Maputo que até treinam na Escola Secundária da Matola".

A falta de uma competição regular no município, inquieta o instrutor da FIBA África, "a Matola  deve ter uma competição local, pelo menos nos escalões de formação. A Associação Provincial de Basquetebol tem uma palavra a dizer".

O Correio da Matola interagiu também com alguns monitores. Joaquim Ferreira é matolense e professor na Escola Ana Maria Mogas há 10 anos. Alega ter participado em muitas formações do âmbito desportivo, tendo amealhado 52 certificados - "trabalho com o basquete há quase uma década, o bom das reciclagens aprendemos novas metodologias de ensino", comentou, sem deixar de louvar a integração no projecto de monitores das comunidades porque é importante saírem do empírico para a prática.

Joaquim Ferreira lamentou o facto de terem matéria-prima (talentos), mas falta material desportivo e infra -estruturas adequadas. A maioria das instituições não financiam projectos de iniciados, por isso, ninguém incentiva os formadores. "Os meios materiais são o nosso maior calcanhar de Aquiles - há promessa de duas bolas para cada núcleo constituído em 50 bolas e como se não bastasse as bolas são de número 7 quando a adequada para infantis é a número 5".

Quem colabora com os pronunciamentos de Joaquim Ferreira é o Ivan Changa, professor na Escola Primária Completa de Bagamoio, que trabalha com os petizes há 13 anos. Entende que a academia acrescenta mais valia ao desporto nacional porque visa contribuir para o desenvolvimento de basquetebol. Faz eco às lamentações do colega citando exemplos, "tenho 150 petizes para um material desportivo tão insignificante para responder à demanda", comentou Changa que alega ter introduzido o mini basquete na Matola, há mais de uma década juntamente com Elias Ventura, antes da viabilização da Academia Matolinha. "Sempre dei o meu máximo pela modalidade, motiva-me a abundância de talentos neste município que até jogam nas seleções nacionais".

Ivan Changa terminou a sua intervenção parabenizando o Conselho Municipal da Cidade da Matola, em especial para o presidente, Calisto Cossa que apoia a massificação do desporto e deixou uma observação "não basta termos matéria-prima, precisamos reabilitar os espaços desportivos existentes, motivar os monitores ou professores que disseminam

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