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OITENTA e sete mil e quinhentas famílias terão água potável da rede pública a partir de finais de Agosto, com a entrada em funcionamento do novo centro distribuidor do Fundo de Investimento e Patrocínio de Água (FIPAG) localizado no bairro Intaka, no município da Matola, província de Maputo.

Para além do bairro Intaka, o sistema vai abastecer os bairros de Zimpeto, Khongolote, Boquisso, Muhalaze, Mucatine, Golhoza, Mali, Agostinho Neto, Cumbeza e 1.º de Maio, na província de Maputo.

Numa primeira fase, a captação de água será feita com recurso a seis furos, três dos quais já concluidos e que serão inaugurados com a entrada em funcionamento da adutora principal com uma rede primária de 24 quilómetros de distribuição.

Os dados foram revelados ao governador da província de Maputo, Raimundo Diomba, que ontem se inteirou do nível de execução das obras do centro distribuidor do Intaka, no quadro da visita à província de Maputo.

Diomba referiu que a infra-estrutura vem em momento oportuno, pois irá atenuar a falta de  água. “Nós sabemos que actualmente estamos a depender da barragem dos Pequenos Libombos e neste momento o seu nível está a reduzir de forma significativa, situando-se nos 32 por cento. Actualmente, está em uso a última conduta da albufeira e se esta for abaixo não teremos água a jorrar nas torneiras das nossas casas. Por isso, fazemos votos que este centro seja concluído em tempo útil para atenuar a situação actual que pode vir a piorar”, alertou.

O centro terá a capacidade para armazenar 10 mil metros cúbicos de água, repartidos em dois  reservatórios de 5 mil metros cúbicos, o que permitirá a distribuição de 7120 metros cúbicos deste recurso por dia.

Para garantir que a água chegue com a necessária pressão nos onze bairros, está a ser erguida uma torre de reserva com 35 metros de altura.

Por outro lado, o FIPAG pretende construir mais centros distribuidores nos bairros da Matola-Gare, Matlemele, Guava e Marracuene, na província de Maputo. Entretanto, a demora na cedência dos espaços ocupados pelas famílias a ser reassentadas tem comprometido o ritmo de execução das obras.

“Temos casos em que é necessário fazer a devida compensação das pessoas afectadas pelos projectos. Mas nem sempre as famílias têm que ser realocadas, porque algumas somente perdem parte do terreno e áreas de cultivo”, explicou o chefe do departamento de Desenvolvimento de Infra-estruturas do FIPAG, Henri Cossa.

Para contornar estas situações, o FIPAG tem trabalhado com as autoridades municipais e governos locais para proceder à avaliação correcta das compensações das famílias afectadas.

 

Fonte: Jornal Notícias

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