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É um cenário socialmente atípico. Triste e que deixa qualquer um em transe. Camiões que se dedicam a limpeza de fossas e esgotos instalam-se defronte ao Hospital Geral da Machava. Não se sabe ao certo se terão ali sido indicados pelas estruturas municipais ou o fazem por simples facto de o quererem.

Sabe-se que o hospital é um local ou estabelecimento onde se internam e tratam doentes. Que dizer deste mesmo local quando cercado por camiões que se dedicam a evacuação dos excrementos humanos e não só? Que imagem hospitalar pode nos transmitir esse horizonte desfigurado a nível higiénico?

Corre-se mais risco da não assimilação das campanhas que têm sido desenvolvidas sobre a importância da limpeza e higiene, neste cenário. O hospital, na nossa óptica, deve ser o primeiro local de ensinamento programático sobre a importância da higiene e limpeza. E esses camiões, carregadores pontuais de excrementos humanos, que se instalam em frente ao Hospital Geral da Machava que imagem querem transmitir aos que entram para visitar os seus familiares internados e aos doentes que se recuperam e regressam as suas casas? É certo que eles contribuem, de forma prática na promoção da boa saúde pública, fornecendo seus serviços de gestão de lamas fecais; todavia, achamos nós, que podiam instalarem-se em locais mais distantes daqueles que dia e noite lutam pela saúde e pela vida. Haja paciência e dom, senhores camionistas.

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