A Polícia de Investigação Criminal (PIC), na província de Maputo, está a investigar pistas que conduziram ao assassinato bárbaro do procurador Marcelino Vilanculos, ocorrido algures no Município da Matola, província de Maputo.
O procurador da República na província de Maputo, de nome Marcelino Vilanculos foi assinado por desconhecidos, na noite de segunda-feira (11 de Abril), em frente à sua casa, no bairro Malhampsene, na Matola.
O malogrado, que em vida exercia o cargo de procurador em Maputo, representou o Ministério Público na acusação contra vários cidadãos que acabaram por ser condenados como culpados por alguns dos raptos ocorridos na capital moçambicana. Informações não oficiais indicaram que Vilanculos estaria a preparar a acusação contra um cidadão detido e indiciado de ser um dos mandantes da onda de sequestros.
Vilanculos estaria, outrossim, a preparar a acusação contra o cidadão Danish Abdul Satar, suspeito de ser intermediário entre os autores morais, que as autoridades policiais acreditam serem o seu pai (o criminoso Asslam Satar, em fuga desde a década 90 após ter liderado com sucesso o rombo de 144 biliões de meticais (antiga família) no extinto Banco Comercial de Moçambique) e o tio (Momade Assif Abdul Satar (Nini), um dos mandantes do assassinato do jornalista Carlos Cardoso e cúmplice da fraude ao ex-Banco Comercial de Moçambique), e os executores dos sequestros que não dão tréguas aos empresários e seus parentes, residentes em Moçambique, desde 2011.
É de referir, também, que dezoito agentes da Polícia de Investigação de todo o país, estão desde esta segunda-feira 20, a ser formados em matéria jurídica, com enfoque para o combate à corrupção e criminalidade económico-financeira, tendo em vista fazer face a novas ameaças. A formação está a decorrer na Cidade de Maputo e sob a chancela do Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC); pretende-se que os agentes da PIC melhorem a sua intervenção processual e adquiram conhecimentos sólidos sobre a matéria.