A busca de água tem sido penosa nos bairros da Matola. Às primeiras horas da manhã são visíveis movimentações de pessoas à procura de água em residencias onde esta esteja disponível, bem como em furos de privados.
Homens, mulheres e crianças permanecem entre duas e três horas na fila à espera da sua vez para obter uma ou duas latas de 20 litros para cozinhar, lavar e tomar banho.
Dona Rosita, como é trata Rosa Manuel, residente no bairro Zona Verde, referiu que não possui água canalizada em sua casa. E que nos dias de restrições no fornecimento de água tem recorrido ao tubo que passa pela sua casa para a obtenção de água para o uso em sua casa. “Nos dias que há corte de energia todos nós salvamo-nos das tubagens principais que passam pelas nossas ruas. Às vezes mesmo saindo água recorremos a essas tubagens como meio de economizar nosso dinheiro, visto que as facturas são sempre elevadas” disse.
O cenário, como declarou Rosita, ganha um fundo negro em dias de restrições no fornecimento da corrente eléctrica; visto os munícipes da Matola não têm tido outra alternativa senão procurar fontes alternativas nos vizinhos, onde as torneiras jorram água. Às vezes os munícipes são obrigados a vandalizar algumas condutas em determinados pontos, a partir das quais conseguem satisfazer as suas necessidades básicas.