Um cidadão de 40 anos de idade, Santos Namorela, natural do distrito de Ile, Zambézia, desapareceu, há dias, da cela da 6ª Esquadra da Polícia da República de Moçambique (PRM), Município da cidade da Matola, Província de Maputo, onde tinha sido encarcerado na sequência do roubo de vinte mil rands do seu patrão, o deputado Caifadine Manasse.
A quantia referida em causa estava supostamente guardada numa das viaturas do político, estacionada no seu quintal, no bairro de Infulene, Matola.
Conforme foi narrado, ao notar o desaparecimento do valor, Caifadine Manasse teve uma conversa com o seu empregado, ora acusado, na tentativa de o convencer a revelar onde tinha deixado o montante.
Frustrada esta alternativa, Manasse solicitou a presença de agentes policiais e seu trabalhador foi detido no passado dia cinco de Março, sábado.
Ainda de acordo com relatos de testemunhas, houve, por parte do deputado, um pedido especial de forma que os agentes da polícia trabalhassem no sentido de fazer o seu empregado devolver o seu dinheiro.
Uma vez levado até à 6ª esquadra da PRM, no Infulene, conta-se que foi torturado e, mesmo assim, não chegou a admitir a acusação.
Após a detenção de Santos Namorela, no sábado, o irmão do acusado recebeu a notícia na noite do mesmo dia. Ao amanhecer, no domingo, dirigiu-se ao local de trabalho do seu familiar, de onde saiu na companhia da esposa do deputado até à esquadra onde Santos se encontrava encarcerado.
Já na esquadra, a senhora solicitou o encontro com o detido, mas para surpresa dos dois visitantes, o agente que teve a missão de ir à cela buscá-lo, poucos minutos depois, voltou com a informação de que não o tinha encontrado.
O desaparecimento do referido cidadão está a atormentar a família que cogita várias possibilidades, inclusive que ele não esteja vivo.
Por sua parte deputado Caifadine Manasse afirmou que não podia falar sobre o assunto e, uma vez que o seu empregado sumiu das instalações da PRM, somente esta instituição devia prestar esclarecimentos sobre o ocorrido.
Suspeitasse que o mesmo tenha se evadido e de seguida se escondido na casa da sua namorada que fica nas imediações da casa onde trabalhava.
A PRM diz que já foi formada uma equipa com vista a apurar o que terá acontecido. A mesma já está a trabalhar.