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- Publicado em 04 fevereiro 2016
Há 44 anos, isto é 5 de Fevereiro de 1972, a Matola foi elevada a categoria de cidade. Volvidos eses anos, a cidade continua a crescer. O Correio da Matola (CM) saiu à rua para ouvir alguns munícipes.
As opiniões são várias, porém com um denominador comum, é que a cidade cresce, reconhecem os nossos entrevistados. Entre a saudades, sobretudo do Carlos Tembe, os munícipes por nós entrevistados, renovam, esperanças de uma Matolacada vez melhor, sobretudo pelo trabalho que o actual Edil Calisto Cossa está a levar a cabo. O investimento nas estradas, está a dar outro brilho a cidade e a mobilidade urbana vai gannhando outra dinâmica.
No mercado da Matola “A” conversamos com Alberta Chaúque, vendedora que o novo edil está a mudar a cidade, num trabalho segundo ela iniciado por carlos Tembe “ No tempo do nosso falecido presidente, Carlos Tembe , foi o inicio do crescimento da nossa cidade. Ele mudou muita coisa , principalmente no mercado. O novo presidente Calisto Cossa está a trabalhar arduamente para mudar a cidade” . Ela chamou atenção para o envolvimento de todos munícipes na limpeza da cidade, o que passa pela mudança de comportamento “devemos deixar a cidade, devemos tr bom-senso porque a cidade é nossa”.
Ainda no mercado, conversamos com Helena Chambule, outra vendedora que reconhece o crescimento da cidade sobretudo na área de infraestruturas “a cidade esta de parabéns , 44 anos não são e vejo que existem mudancas , agora vejo grandes prédios a serem erguidos. Isto significa que as pessoas gostam da Matola e ela está a crescer”
A nossa entrevistada apelou à edilidade para incrementar o transporte público urbano, pois seguno ela “ há zonas que tem problemas de chapas, por exemplo nas 4 cantinas, salinas precisa de chapas, as pessoas percorrem longas ditâncias para ter acesso ao transporte”. Helena falou também da electrificação “ o maior problema está no inverno porque as zonas ficam muito escuras e tememos a ladrões”mas ela tem esperança “ acrerdito que se o nosso presidente continuar a trabalhar como trabalha em breve será resolvido”.
O Correio da Matola conversou também com Manuel Matsinhe, munícipe da Matola que diz haver um progresso significativo nos últimos 2 anos “ O Municipio da Matola no reinado do presidente Calisto Cossa, nos últimos 2 anos , apresentou muitas mudancas. O desenvolvimento esta sendo bem notável , nas áreas das infra-estruturas e para os próprios funcionarios do municipio”. Para Matsinhe “ a nossa cidade estava parada no tempo mas com o comando do presidente Calisto , as mudanças estão a ser notáveis”.
Matsinhe diz que a estratégia de melhoramento das vias e aumento de transportes públicos urbanos, está a conseguir fazer face ao aumento da população na urbe, outrora vista como dormitório mas que hoje é local de residência, actividade e turismo. A circulaçào de pessoas e bens, melhorou como resultado de construçào de novas estradas e reabilitação de outras.
Carlos Viana é outro munícipe entrevistado pela nossa equipe, e tal como Matsinhe olha para o desenvolvimento na área de infraestruras “ é bem notório o desenvolvimento na Cidade da Matola , no âmbito das infra-estruturas. A urbanização está a ser bem estruturada, as estradas ruas estão a ser reabilitadas e por isso que alivia o engarafamento”.
Com 44 anos “ a cidade está melhorar, está crescer onde tinha fluxo de lixo já não existe mais, todo ele foi removido. As estradas estão a ser construídas o desemprego está sendo combatido”, disse outro munícipe, Augusto. Ele termina agradecendo a edilidade “agredecemos imenso o presidente pelo esforço incansável, aquilo que queriamos está a ser concretizado, por isso que esses 44 anos de Matola não são em vão, estamos de parabéns todos os matolenses, devemos continuar a ajudar , e dar todo apoio possivel ao nosso presidente”
Breve historial sobre a Matola
O nome Matola provém de Matsolo, povo banto que se fixou na região a partir do século II. Em 1895 a área da Matola é incluída na 1ª Circunscrição Civil de Marracuene , no então Distrito de Lourenço Marques, quando Moçambique era colónia portuguesa. A povoação foi criada pela portaria nº 928 de 12 de Outubro de 1918.
Ainda integrado na Circunscrição de Marracuene, o Posto Administrativo da Matola foi criado a 17 de Novembro de 1945, abarcando três centros populacionais: Boane, Machava e Matola Rio. Os progressos registados levaram à emancipação municipal, criando-se o Concelho da Matola em 5 de Fevereiro de 1955 e a consequente Câmara Municipal da Matola para a reger.
Uma portaria de 20 de Abril de 1968 determinou que a então Vila da Matola se passasse a denominar Vila Salazar, em homenagem ao presidente do Conselho de Ministros de Portugal, António de Oliveira Salazar. Eugénio Castro Spranger foi o primeiro presidente da câmara, sucedido por Abel Baptista que impulsionou um processo de urbanização do concelho iniciando, já em 1963, a construção do Cemitério da Matola, a residência oficial do presidente da Câmara Municipal e os Paços do Concelho. Paralelamente, constroem-se a Igreja Paroquial de São Gabriel, o Cinema de São Gabriel, a Escola Primária Paula Isabel, a Escola de Santa Maria, a Escola do Dr. Rui Patrício e a Missão de Liqueleva. Mais tarde, são estabelecidas as Escolas Secundárias da Matola e da Machava, a Escola Industrial da Matola e o Cinema 700. Na zona industrial, estabelecem-se fábricas de cimento, a CIM, o complexo mineiro dos CFM, a Shell Company e a Caltex. O crescimento do fluxo diário de pessoas entre as então Vila Salazar e Lourenço Marques (hoje Maputo) levou à criação da Companhia de Transportes de Moçambique. No início da década dos 70, a indústria expande-se para a Machava e implantam-se novos bairros, como o do Fomento e o da Liberdade.
Em 1967, Abel Baptista retira-se e sucede-lhe Fausto Leite de Matos. Através de uma portaria de 5 de Fevereiro de 1972, a vila ascende a cidade, passando a chamar-se Cidade Salazar. No ano seguinte, implantam-se novos bairros na Machava e regista-se um significativo aumento da densidade populacional em áreas que até aí tinham características rurais: Khongolote, Bunhiça e Sikwama.
Com a independência do país, a 25 de Junho de 1975, recupera-se o nome original, passando a denominar-se Cidade da Matola. A Câmara Municipal passou a ser dirigida por um presidente nomeado pelo Governo de Moçambique, o primeiro dos quais foi Rogério Daniel Ndzawana. O sistema de funcionamento da câmara não se alterou substancialmente, se bem que passou a ser dada mais atenção às populações dos bairros mais necessitados, sobretudo na construção de fontanários de água.
A Câmara Municipal, autónoma, considerada uma herança do sistema colonial, foi abolida em 1978 e substituída por um Conselho Executivo nomeado pelo governo central.
Em 1980, por resolução da então Assembleia Popular (hoje, Assembleia da República), a Matola perdeu a sua autonomia territorial ao ser integrada na cidade de Maputo, formando o "Grande Maputo", o que paralisou o processo de desenvolvimento da cidade. Esta medida é revertida em 1988, quando a Matola é desanexada da cidade Maputo (que adquire o estatuto de província). Ao mesmo tempo a Matola torna-se a capital da Província de Maputo. António Thuzine é o novo Presidente do Conselho Executivo.
Com o processo de democratização do país, abriram-se as portas para a restauração do estatuto municipal. A criação de municípios foi fundamentada na Constituição da República de Moçambique de 1990 e a Lei nº 2/97, de 18 de fevereiro, criou o quadro jurídico para a criação das autarquias locais.[7] . O município foi, assim, transformado em autarquia e no seguimento das primeiras eleições autárquicas, realizadas a 30 de Junho de 1998, foram instalados os novos órgãos de poder local: a Assembleia Municipal e o Conselho Municipal.
O primeiro presidente do Conselho Municipal da Matola foi Carlos Almerindo Filipe Tembe, eleito nas primeiras eleições autárquicas de 1998 para suceder a António Thuzine, sendo reeleito em 2003. O seu falecimento súbito em Dezembro de 2007 levou à sua substituição pela presidente da Assembleia Municipal, Maria Vicente, em 10 de Janeiro de 2008. Eleito nas eleições autárquicas de 2008, Arão Nhancale tomou posse em 5 de Fevereiro de 2009 como novo presidente do Conselho Municipal.[8] Invocando razões pessoais, Nhancale viria a renunciar do cargo, sendo substituído interinamente pelo presidente da Assembleia Municipal, António Matlhava, em 15 de Maio de 2013.[9] . Nas eleições autárquicas de 2013 é eleito Calisto Cossa, que toma posse em 7 de Fevereiro de 2014.