As chuvas que caíram na madrugada de ontem, nas cidades de Maputo e Matola, deixaram um cenário de caos, alterando a rotina de milhares de pessoas que tiveram que se aplicar na defesa das suas casas inundadas pelas águas pluviais.
Devido a intensidade das chuvas, houve situações de erosão sobretudo nos bairros periféricos. Muros de vedação derrubados, postes e árvores no chão, terras arrastadas, vias de acesso cortadas e dezenas de residências inundadas são algumas das situações que era possível encontrar na manhã de ontem.
A precipitação, que terá iniciado por volta das 3:00 horas da madrugada, atingiu 118.9 milímetros na Estação do Aeroporto, e 32.2 milímetros no Instituto Nacional de Meteorologia (INAM), tal como explicou o meteorologista Lelo Tayob.
“Esta é uma queda de chuva que estava prevista, tendo em conta que vinha aquecendo nos últimos dias e foram-se criando condições para tal. A partir da tarde de hoje (ontem), haverá um melhoramento substancial do tempo, mas continuaremos com altas temperaturas”, explicou.
Como consequência das chuvas, o muro de vedação da Direcção de Auditoria, Investigação e Inteligência das Alfândegas desabou, derrubando um poste de iluminação. Na avenida da ONU, parte da terra deslizou abrindo uma enorme cratera junto a Gare de Triagem.
Por consequência das chuvas, nos bairros do Fomento, Liberdade e Lequeleva famílias há que viram-se obrigadas a abandonar as suas casas para se refugiarem em casa de amigos, devido às inundações.
Os que não tiveram para onde ir, como Beatriz Sitoe, do Fomento, foram obrigados a coabitar com a água nos seus quintais ou mesmo contratar serviços privados para aliviar os seus quintais.
O impacto das chuvas acabou afectando vários outros sectores. A título de exemplo, a cidade ressentiu-se da falta de transporte nas primeiras horas, facto que contribuiu para que muitos citadinos chegassem atrasados aos seus postos de trabalho.