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O músico matolense Waka Sitoe é um dos convidados para o primeiro álbum do compositor indonésio Sagala, que durante pouco mais de três anos esteve baseado em Maputo.

Waka Sitoe toma parte de um disco baseado numa história real de Sagala, sobre a morte da sua esposa pós-parto no Hospital Central de Maputo (HCM). Aliás, é visando trazer toda a essência sonora, rítmica e poética de Moçambique sem deixar fluir as dinâmicas da Indonésia.

Sagala conta que a parceria com o matolense Waka Sitoe foi mais enriquecedor para o seu disco, pois para além da mescla a que se refere, imprimiu a emoção que desenhou para o CD.

O disco procura de forma peculiar, intensa e exacta, narrar toda uma história de amor que teve um fim triste e doloroso, mas resultou no nascimento de dois gémeos. É por isso que Sagala considera relevante vincar Moçambique no canto, no instrumento e na partilha de histórias.

Waka Sitoe, melhor voz do Ngoma Moçambique para a edição de 2017, sente-se honrado por dar sua voz e doar seu talento a um álbum com uma base temática forte. Diz que abraçou a causa no primeiro encontro que teve com o músico indonésio, pois captou toda a essência logo após a conversa que tiveram na tal tarde que se conheceram.

Todas faixas do disco celebram o amor e estimulam a valorização da mulher. Sagala diz que é preciso respeitar a mulher e viver cada momento que o amor proporciona.

“É preciso amar. Nunca sabemos quando vai terminar, não sabemos se vamos acordar amanhã. Devemos amar com toda a intensidade as nossas parceiras. Neste álbum procuro recordar as melhores coisas que vivi ao lado da minha esposa, e depois de lançar este disco poderei continuar com a minha vida. Pois algum registo terá ficado para mim, para os meus filhos e para ela”, salientou Sagala.

Já Waka Sitoe acrescenta que “sempre cantei sobre temas socialmente importantes. Mas devo confessar que desta vez este trabalho mexeu muito comigo. E saio do estúdio transformado”.

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