Correio da Matola - Notícias da Matola Online

O Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, afirmou na abertura da 54a Edição da Feira Agro-Comercial e Industrial de Maputo (FACIM) que ela deve ser usada pelas Pequenas e Médias Empresas, PME’s como uma plataforma para o estabelecimento de contactos e parcerias entre elas e com as grandes empresas.

Segundo o Primeiro-Ministro que falava em representação do Chefe do Estado, Filipe Nyusi, as PME’s devem ainda capitalizar as oportunidades que a feira oferece para exportarem os seus produtos para diferentes mercados internacionais, usando as iniciativas existentes no quadro da AGOA, Europa, China e Índia, entre outros.

Para capitalizar as oportunidades de negócio existentes no mercado regional e internacional, as PME’s devem continuar com os esforços para garantir a certificação da gestão das empresas e dos seus produtos.

Ainda no âmbito da capitalização das oportunidades existentes no mercado regional, Carlos Agostinho do Rosário fez saber que o Governo encoraja as PME’s a apostarem, cada vez mais, na embalagem dos seus produtos, de modo a melhorar a conservação dos mesmos e torná-los mais competitivos.

Segundo o Primeiro-Ministro, a FACIM consolida-se de ano para ano como uma verdadeira montra privilegiada, onde agentes económicos, em representação de todas as províncias do país e de vários quadrantes do mundo, expõem os seus produtos, serviços e potencialidades.

Destacou ainda a consolidação do processo de crescimento da FACIM em termos quantitativos e qualitativos.

Por isso, “na presente edição, contamos com a participação de 2.200 empresas nacionais e estrangeiras contra um total de 2.048 empresas
que participaram na última edição da FACIM. Contamos, ainda, com a presença de cerca de 90 PME’s, contra 72 do ano passado, o que mostra o aumento do nível de participação deste segmento empresarial na presente edição. É ainda notório, nesta edição da FACIM, o nível de inovação tecnológica na exposição de produtos e serviços, através da utilização de plataformas electrónicas”, afirmou o Primeiro-Ministro.

Dai que, de acordo com o PM, estas plataformas devem contribuir para facilitar o estabelecimento de contactos e a realização de transacções comerciais entre os que oferecem e os que procuram oportunidades de negócio.

“O aumento do número de participantes, o nível de inovação demonstrada e as novas formas de exposição de produtos e serviços, tornam as visitas aos diferentes pavilhões mais atractivas e informativas”, referiu, acrescentando que, o número de expositores presentes nesta edição, a diversidade e a qualidade dos produtos são alguns dos indicadores que evidenciam o crescimento desta edição da FACIM.

“Encorajamos aos expositores e participantes nesta Feira, a capitalizarem as oportunidades de negócios existentes, particularmente na agricultura, turismo, energia e infra-estruturas, transformando-as em compromissos concretos e em transacções comerciais entre o noso país e o resto do mundo”, disse o PM.

Sobre o Pavilhão de Moçambique, Carlos Agostinho do Rosário diz ter ficado impressionado, tendo em conta as exposições existentes sobre as potencialidades económicas de todas as províncias do país, mostrando de forma inequívoca o aumento da produção agrária, em resposta ao apelo feito por Sua Excelência Filipe Jacinto Nyusi, o Presidente da República.

“O aumento da produção agrária está a reflectir-se na redução do nível geral de preços, particularmente nos bens alimentares e os ganhos do aumento da produção agrária reflectem-se ainda na redução gradual do volume de importações de produtos alimentares”, sublinhou.

No entanto, com a redução de importações, o país poupa divisas, o que contribui para a estabilidade da moeda nacional, o Metical. “Hoje, no mercado cambial, precisamos de 59 Meticais para comprar um Dólar norte-americano contra 80 Meticais que eram necessários em Outubro de 2016. As exportações no nosso país têm vindo a registar um crescimento”, disse, para depois indicar que no primeiro semestre de 2018, as exportações de bens do país atingiram um total de 2.5 mil milhões de dólares norte-americanos, o que corresponde a um crescimento de 42%, quando comparado ao igual período do ano passado.

A exportação de produtos tradicionais cresceu em 76.1%, influenciada em grande parte pelo aumento das exportações da madeira serrada, açúcar, banana, amêndoa de caju e camarão, de entre outros produtos.

As exportações decorrentes dos projectos de grande dimensão registaram, igualmente, um crescimento na ordem de 32.9%, como reflexo, principalmente, do aumento das receitas de exportação decarvão, alumínio e areias pesadas.

“Estes ganhos notáveis e visíveis da nossa economia resultam do esforço de cada um de nós sob a firme e pragmática liderança de Sua Excelência Filipe Jacinto Nyusi, Presidente da República”, afirmou o Primeiro-Ministro.