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- Publicado em 03 setembro 2018

Os casos de violação sexual contra menores são arrepiantes no Município da Matola, sendo que o último, registou-se no Bairro da Machava, cujas vítimas são duas menores, de nove e cinco anos de idades, respectivamente, estupradas alegadamente pelo pai. Lucas Albino, ora detido pela Polícia da República de Moçambique (PRM) nega todas as acusações, apesar de os exames médicos confirmar terexistido um coito forçado.
De acordo com o Porta-voz do Comando Provincial da PRM em Maputo, a violação sexual contra estas duas crianças foi protagonizada pelo pai, que se aproveitou da inconsciência e incapacidade das menores de se opor.
Para o efeito, o acusado teria no dia 23 de Agosto corrente, saído para consumir bebidas alcoólicas na companhia de amigos e no regresso, abusado sexualmente das filhas menores, de nove e cinco anos de idade.
O caso chega a PRM através de uma denúncia dos vizinhos, isso depois de a filha mais nova, ter contado as amigas o sucedido. “Meu pai chegou bêbado, começou a violar-me e ameaçou-me para que eu não pudesse contar a ninguém, mesmo assim, eu contei a tia”, conta a menor de cinco anos.
Reagindo, o indiciado refuta as acusações e diz ser maldade dos seus vizinhos “invejosos” que não o querem bem. “Eu nunca faria isso com as minhas filhas. Elas são crianças. Se eu quisesse mulher, teria, pois trabalho, sou vendedor na Machava. Isto tem a ver com inveja que os meus vizinhos sentem, de mim”, defendeu-se Lucas Albino.
Entretanto, tendo seguido com os parâmetros das investigações, a polícia confirma a ocorrência deste “bárbaro” e “desonesto” crime.
“Quando o caso chegou a nós, imediatamente, levámos a criança para os exames, os quais confirmaram que houve penetração e que a mesma é, por sinal, deste senhor”, disse Fernando Manhiça.
Manhiça salientou que o acto já está nas instâncias competentes de justiça, para a devida responsibilização do criminoso.
Dados recolhidos de vários estudos publicados em Moçambique sobre violência contra menores, analisam esta problemática de forma multidisciplinar, tendo em conta os direitos humanos das crianças. O abuso sexual intra-familiar é considerado o mais comum, onde, muitas vezes, este é secundado pelo abuso sexual nas escolas, sendo as raparigas o grupo mais atingido.