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O Correio da Matola escalou esta semana o Bairro Municipal de T-3, localizado no Posto Administrativo de Infulene, Município da Matola. Faz fronteira com os bairros Infulene "D", Ndlavela, Zona Verde e Infulene A, é composto por 41 quarteirões. Da conversa mantida com os moradores e o secretário do bairro local, o nosso repórter apurou que de entre várias prioridades, a abertura das novas vias de acesso pontificam como a principal inquietação.

A nossa equipa de reportagem não conseguiu apurar a densidade populacional actual do bairro T-3, contudo, segundo os dados do senso 2007 era de 16.636 habitantes, de resto, um número que nos parece bastante longe da verdade, se olharmos para a procura de habitação e expansão urbana no município, na última década.

O secretário do bairro, Castigo Mariquel revelou que T-3 conta com três escolas, duas primárias e uma secundária, um posto de saúde e uma esquadra. "Quando as pessoas querem um atendimento mais exigente como o serviço de parto recorrem ao bairro vizinho - Ndlavela", comentou Castigo.

Para a moradora do bairro, jovem de 18 anos de idade, Ivânia Amaral, nos últimos anos, T-3 tem registado avanços significativos, "já temos bancos comerciais e caixas electrónicas onde podemos fazer operações de depósito e levantamento de pequenas quantias sem grandes deslocações. O nosso cartão de visita é o mercado que se apresenta limpo e devidamente organizado", disse Ivânia antes de apelar as estruturas municipais a construírem novas vias de acesso no interior do bairro.

A preocupação da munícipe Ivânia coaduna com as prioridades do secretário do bairro, que defende haver uma necessidade de construir mais vias de acessos, para interligar o interior dos 41 quarteirões," só temos uma estrada - Avenida 4 de Outubro atravessa o bairro e que liga com outras zonas".

Se para muitos, a prioridade é a construção de novas vias de acesso, para outros, a falta de mais uma unidade sanitária no bairro constitui o principal calcanhar de Aquiles. Apesar do orgulho que nutre pelo bairro e de reconhecer a sua evolução nos últimos cinco anos, Tereza clama por um posto de saúde, "o bairro é extenso e conta apenas com um posto de saúde, o mesmo ficou super lotado e por isso, somos obrigados a percorrer grandes distâncias para Ndlavela, ainda que enfermos", afirmou a aposentada, de 54 anos de idade.

Por sua vez, Castigo Mariquel gaba-se de ter uma zona limpa porque "a empresa privada contratada para a recolha de lixo responde positivamente", destacou para em seguida elencar desafios do bairro: "temos que aumentar a colecta dos impostos, principalmente o Imposto Pessoal Autárquico (IPA), cobrar taxas aos comerciantes retalhistas e grossistas como forma de diminuirmos a dependência dos fundos do município".

Mesmo mergulhado em meios de dificuldades no que tange as finanças, Castigo não desarma e sonha: " o bairro T-3 tem como sua prioridade no seu caderno de encargo a construção de algumas vias de acesso que deverão ligar o bairro a Patrice Lumumba, e da avenida 4 de Outubro ao Vale do Infulene até a terminal dos Transportes Públicos no bairro.