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- Publicado em 26 maio 2016
O continente africano comemorou esta quarta-feira (25 de Maio), o seu 53 ano de aniversário, data em que 32 chefes de estados africanos se reuniram na Etiópia, em 1963, e criaram a Organização de Unidade Africana (OUA), com objectivo de libertar o continente africano do colonialismo e do apartheid, e ainda promover a emancipação do povo africano.
O Correio da Matola saiu à rua para junto dos munícipes matolenses colher algumas opiniões de reflexão sobre os desafios de África.
A maioria dos entrevistados foram unânimes em relação ao desenvolvimento retardado do continente , apontando factores de vária ordem como guerras civis, corrupção e dependência da ajuda dos países do ocidente.
Mesmo sem deixar-se fotografar, Énia Marques, munícipe do bairro T-3, estudante, lamentou a fome e as guerras que assolam o continente, contudo, orgulha-se de ser africana, de pertencer ao berço da humanidade. "É triste que muitos africanos morrem diariamente devido às calamidades naturais e a guerra. Creio que como moçambicanos podemos dar o nosso melhor para reverter o cenário", disse Énia que sublinhou o facto de África ser ainda um dos continentes menos poluídos no planeta.
A África está a demostrar vários avanços tecnológicos, sociais e contribui para o desenvolvimento mundial - quem assim o diz é o Renato Gonçalves, morador do bairro Patrice Lumumba. "Os africanos estão em todo o mundo, contribuindo com o seu conhecimento. O foco dos africanos e particularmente dos moçambicanos deve ser a Paz".
Parca em palavras mas objectiva é a Rute Muianga, matolense de Infulene D que defende o fortalecimento de união entre os países africanos porque "juntos podem ser mais fortes e o caminho pela busca pela Paz menos longo", considerou.
As festividades do 53 aniversário de África têm como lema: "2016 Ano Africano dos Direitos Humanos com Destaque para os Direitos da Muiher".
De resto, a comemoração da efeméride no município da Matola foi marcada pelas danças, meia maratona e danças. Os matolenses acreditam numa África melhor sem dependência externa como,aliás, defende Hélio Cumaio "devemos produzir mais, implementar a moeda única no continente como aventou Khadafi".
Os líderes africanos reuniram-se em 1963 e criaram a Organização da União Africana (OUA), actual União Africana (UA). A Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o dia 25 de Maio como o Dia da África ou Dia da Libertação da África.
A história dos países africanos é marcada por luta e preconceito. O apartheid, por exemplo, foi o regime de segregação racial que vigorou na África do Sul, entre os anos de 1948 e 1990. Hoje, a África conseguiu a independência de seu continente, mas ainda assiste aos desentendimentos políticos em muitos países.