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O Conselho Municipal da Cidade da Matola pretende requalificar o mercado de Malhampsene por não reunir condições para os vendedores desenvolverem as suas actividades. A acção ainda não tem data de arranque, mas já preocupa os vendedores que têm naquele mercado o seu sustento.

Os comerciantes que possuem estabelecimentos no mercado, anteriormente tinham suas bancas e barracas ao longo da estrada Nacional Número Quatro (EN4). A 8 de Novembro, o Conselho Municipal da Matola (CMM) destruiu todos os estabelecimentos que estavam ao longo da EN4 e recomendou que todos os vendedores fossem para o mercado de Malhampsene.

O projecto de requalificação do mercado foi apresentado aos vendedores Segunda-feira, por uma equipa da Vereação de Mercados e Feiras do CMM. A equipa da vereação relatou aos comerciantes que as infra-estruturas que erguidas serão demolidas para dar lugar a um mercado moderno e organizado.

Confrontados com esta informação, os vendedores revelaram  que temem perder os seus espaços e os seus estabelecimentos.

“O município veio com uma proposta de demolição do mercado. Nós saímos do terminal de Malhampsene, as autoridades disseram que este é o espaço certo para nós trabalharmos. Nós começamos construímos as nossas lojas confiantes que este era o lugar definitivo. Mas com o novo plano não sabemos como iremos fazer. O município pode bater as nossas barracas e depois não nos dar espaço no novo mercado”, disse Manuel Mathe, vendedor do mercado de Malhampsene.

A falta de informação sobre uma possível indemnização é outro problema que preocupa os comerciantes. No encontro realizado, os vendedores não receberam nenhuma confirmação sobre uma possível compensação, caso as suas barracas sejam destruídas.

Entretanto, a vereadora Luísa Chirindza confirma que uma equipa da sua vereação reuniu-se com os comerciantes, mas não pode pronunciar-se sobre o projecto porque decorre o processo de recolha do parecer dos comerciantes.

A vereadora disse que poderá pronunciar-se sobre o projecto no futuro.

Até ao término da recolha dos pareceres, o Município garante que os vendedores continuarão com a sua actividade no mercado de Malhampsene.