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- Publicado em 23 junho 2016

Malhampsene é um bairro matolense que nos últimos dias tem se mostrado um ponto promissor. Aquilo que este bairro fora, hoje aparece como página virada. Cresce o bairro tal como alguns residentes o tinham profetizado aquando do seu aparecimento.
Alguns referem que antes o bairro era visto como mais um lugar para habitar, sem muitas perspectivas de crescimento, todavia hoje foi legitimado como um bairro. Alguns concidadãos vão a este bairro motivados por fins económicos, o que influência alguns dos seus residentes a chamá-lo futuro bairro económico da Matola.
Uma das infraestruturas que alavancou, este bairro, segundo alguns residentes é sem dúvidas a asfaltagem da estrada que liga este bairro a zona da Lusalite e Machava e entre outros; o troço rodoviário que dá acesso a Avenida das Indústrias, inaugurado em 2014. Reporta-se que antes da asfaltagem desta via de acesso rodoviário a ligação à outros bairros matolenses fazia-se, porém, com muitas dificuldade. Esta estrada é como se tivesse aberto o “olho de Malhampsene” ao desenvolvimento, conforme referiu um dos interpelados pela nossa equipa de reportagem. Outra conquista obtida pelo bairro, foi a instalação de raiz de uma infraestrutura pertencente ao FIPAG – Fundo de Investimento e Patrimonio de Abastecimento de e um Banco.
Na terminal de “chapas” daquele bairro é possível a observar um intenso movimento de comércio; coletes de vendedores de recargas de telemóveis brilham em todo lado, senhoras vendendo roupas, transportes saindo e chegando, camiões que se dedicam ao carregamento e descarregamento de areia e não só, estacionados, rapazes e raparigas uniformizados indo e voltando da escola. Essa toda paisagem que serve de prenúncio ao desenvolvimento pode ser vista por todo aquele que passa pela Estrada Nacional Número 4.
Todavia, há ainda desafios que acompanham cada amanhecer e anoitecer desse canto matolense. Já dizia o adágio popular: onde há sombra, há sempre um espinho a espera. O lixo no mercado e a criminalidade constituem principais contrapontos desse todo desenvolvimento. A calada da noite os afamados amigos do alheios, afinam as suas acções que perturbam a circulação livre em todo bairro. Essa triste realizada tem tido espaço mesmo com a presença dos agentes da protecção pública. Segundo alguns moradores ouvidos, os malfeitores têm tido espaço devido a falta de iluminação em algumas ruas principais.
Outro cenário que emerge é a que diz respeito ao lixo. Na terminal de transportes é uma realidade ver lixo espalhado pelo chão em lugar inadequado, mesmo com um contentor para tal. Esta situação obriga alguns vendedores fazerem os seus negócios à escassos centímetros do lixo. O que periga a saúde pública. A recolha do lixo é uma actividade periódica por parte das estruturas competentes, mas devido a desorganização de alguns vendedores esta actividade, por vezes, mostra-se quase inexistente. A actividade comercial constitui o ponto de equilíbrio económico neste bairro, apesar de um aparecimento, esporádico, de estaleiros e empresas de construção.