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A seca prolongada que assolou a zona sul do país afectou de forma particular diversas áreas de produção na província de Maputo, com destaque para a pecuária, onde se reporta a morte de três mil cabeças de gado bovino por falta de pasto e água.

Esta situação veio colocar um desafio acrescido as autoridades, que estão neste momento a adoptar medidas visando inverter o cenário e evitar a redução dos efectivos, para alem de colocar a disposição outras espécies tolerantes a seca, como é o caso de caprinos e ovinos.

Dalilo Litifo, chefe dos Serviços Provinciais de Pecuária, em Maputo, citado pelo Jornal Noticias, declarou que neste momento estão a ser difundidas técnicas de suplementação, preparação de feno com máquinas simples, que cada criador pode ter na sua casa, bem como o combate a doenças transmitidas por caraças.

Ainda segundo o periódico diário em citação o governo, neste contexto, está a revitalizar os tanques e a investir em drogas para evitar perda de animais. “Esta seca veio demonstrar que o bovino é uma espécie de prestígio, mas em caso de calamidade regista muitas perdas. Por outro lado, ficou claro que o caprino resiste a estas situações. Por isso, estamos a sensibilizar os criadores a olharem para o caprino como alternativa para alturas de seca”, disse Litifo.

Este ano, acrescentou, a província de Maputo esteve perante uma seca severa, mas não houve registo de morte de caprinos ou ovinos.

Sobre este mesmo assunto é importante referir que a Organização das Nações Unidas (ONU), em coordenação com os parceiros de cooperação, vai mobilizar 34 milhões de dólares para responder às necessidades das pessoas afectadas pela seca em Moçambique. A informação foi avançada pelo Director-geral do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), João Machatine, após um encontro com parceiros para a actualização de informações sobre a seca que assola as regiões sul e centro no país.