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- Publicado em 01 julho 2016

A redução drástica dos níveis de escoamento e armazenamento de água nas barragens de Corrumana e Pequenos Libombos está na origem da escassez deste líquido precioso que, no ano passado, afectou 26 mil pessoas na província meridional de Maputo, em Moçambique. Segundo o governo da província de Maputo os distritos de Magude, Moamba e Namaacha, como sendo os que mais se ressentem desta crise de água originada pela seca.
Como resultado da seca foram perdidos 60.902 hectares de culturas diversas e 124 mil pessoas foram afectadas pela insegurança alimentar e nutricional até Abril último, das quais 46 mil beneficiaram de assistência alimentar. Conforme a AIM a seca esteve por detrás da morte de 2.529 cabeças de gado bovino em toda a província. Durante o mesmo período, abateram-se sobre a província vendavais que provocaram a morte de nove pessoas e 88 feridos. As intempéries também desalojaram 425 famílias e destruíram parcialmente 51 salas de aula.
Para tentar mitigar o sofrimento, segundo o governo, foram distribuídos dois milhões de litros de água beneficiando quatro mil famílias, 411 toneladas de cereais para alimentação e 4.502 toneladas de sementes diversas, bem como vestuário e material escolar. Foram construídos cinco furos de água multiuso (consumo humano e abeberamento de gado) e sete dispersos, disse a fonte do governo da província de Maputo.
As autoridades governamentais também reabilitaram duas represas em Mandjangue no distrito de Magude e Marian-Nguabi no distrito de Boane com capacidade para armazenar 60 e 40 metros cúbicos de água, respectivamente, para irrigação e abeberamento de gado. Outras realizações, no âmbito da emergência, o governo da província de Maputo havia planificado a edificação de 55 fontes de água, das quais construiu 49 beneficiando 10.200 pessoas.
A fonte adianta ainda que foram reabilitadas 80 fontes de água dispersas 80 fontes dispersas em beneficio de 24 mil pessoas. Assim, a taxa de cobertura de abastecimento de água na província subiu para 77 por cento na zona urbana e 66,7 por cento na zona rural. Para mitigar os efeitos dos fenómenos naturais, a fonte revela que foram criados e capacitados 12 Comités Locais de Gestão de Risco de Calamidades dos quais cinco da Manhiça, quatro da Moamba, um em Magude, outro em Marracuene e outro em Matutuíne.