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As obras de pavimentação de estradas na Matola estão praticamente paralisadas devido à demora no pagamento dos empreiteiros por parte do município. Entre os projectos afectados constam os da asfaltagem e pavimentação de três vias, que unidas ligariam o bairro de Nkobe, no interior, e a zona de Molumbela, na Estrada Nacional Número Um (EN1), na cidade de Maputo.

Bernardo Dramus, vereador de Infra-estruturas e porta-voz do município, disse que grande parte dos empreiteiros não tem capacidade financeira para avançar e serem pagos posteriormente, sendo por isso que usam os fundos que paulatinamente cobram do dono da obra para darem seguimento aos trabalhos.

Neste momento a cidade da Matola debate-se com problemas financeiros e o ritmo de pagamentos não está ao nível desejado.
A fonte acrescentou que algumas obras são financiadas pelo Governo Central, através do Fundo de Estradas, mas face a conjuntura nacional o fluxo de verbas está também afectado.

Apesar da situação, Dramus disse estar a negociar com os empreiteiros no sentido de encontrar-se uma alternativa para evitar que as obras parem completamente, uma vez que isto tem implicações financeiras graves. Parte do que já foi feito pode destruir-se, os materiais correm risco de serem roubados e todo o esquema de trabalho é susceptível de desmobilizar-se.

O desejo da Matola é que os trabalhos ganhem a velocidade inicial e sejam terminados antes da época chuvosa, que começa em Outubro, tendo em conta os embaraços que se assistem em períodos de queda de precipitação.

A fonte salientou que se o fluxo de dinheiro aumentar, as obras podem ser finalizadas muito antes daquele mês.

Das três estradas, a que parte de Nkobe até Mapandane é a que está mais avançada, faltando apenas alguns retoques. Daquele ponto até a zona designada de Conoluene, o grau de execução é estimado em 35 por cento, e a parte que liga Khongolote à EN1, feita à base de “pavêt”, está quase na metade, de acordo com Bernardo Dramus.

A nossa Reportagem visitou a zona e deparou-se com um cenário de total abandono. De Molumbela a Mapandane, por exemplo, não vimos nenhum sinal de trabalho, nem mesmo de alguém ligado ao empreiteiro ou máquina que participa nas obras.

As três estradas são de capital importância para a cidade da Matola, na medida em que atravessam vários bairros e com a sua entrada em funcionamento facilitariam a circulação de pessoas e bens, algo praticamente impossível na época chuvosa.

Fonte: Jornal Notícias