- Detalhes
- Publicado em 12 julho 2016

Indivíduos desconhecidos têm criado terror e pânico aos alunos que frequentam o regime nocturno em algumas escolas secundárias da Matola. Os mesmos ao fim das aulas, desde regime, põem-se a assaltar e ameaçar os alunos e principalmente as do sexo feminino. Esta problemática constitui uma ameaça à formação escolar dos mesmos.
Muita das vezes tem havido uma espécie de cooperação entre alguns alunos e esses larápios, segundo declarações de alunos que o “Correio da Matola” teve acesso. As raparigas são as que têm sofrido com esses indivíduos.
“Alguns colegas nossos é que fornecem informações aos bandidos, para nos assaltarem no exterior do recinto escolar à saída. Trata-se de uma rede. Mas é difícil identificá-los”. Expôs uma estudante, entristecida e inconformada, ao nosso periódico.
Na Escola Secundaria de Liberdade, segundo constatou a nossa equipa de reportagem, o cenário não foge à regra. Assaltos, furtos frequentes de telemóveis e por vezes roubos acompanhados de bofetadas são comuns nos estudantes que frequentam o regime nocturno. Esta situação deixa sem saída as raparigas que constituem as principais vítimas. A saída da escola em grupo, a não caminhada, à casa, com estranhos constituem medidas adoptadas por alunos dessa escola para se verem livres desses actos.
Já na Escola Secundária da Matola o cenário é semi-idêntico. Assaltos a alunos principalmente nas sextas-feiras constituem uma dor de cabeça aos alunos. Mas, segundo Verónica, estudante deste estabelecimento de ensino, esses actos têm a diminuir-se pois tem existido uma prontidão policial, às vezes.
Aqui nesta escola, conforme as informações obtidas pelo nosso Jornal, em tempos, os assaltantes atormentavam até os próprios professores e os funcionários à saída. Todavia esse cenário tende abaixar devido a positiva cooperação dos alunos e a direcção escolar. Esses actos, como se pode deduzir, contribuem maioritariamente, na desistência às aulas de muitas alunas que se sentem ameaçadas. É mister salientar que essas acções de assaltos e ameaças estendem-se às escolas como Zona-verde, Machava Sede, 30 de Janeiro e Ngungunhane.