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Um jovem de 19 anos de idade, de nome Edson Sitoe, violou sexualmente uma menor de 8 anos de idade no Posto Administrativo da Matola-Sede, bairro Matola “A”. Edson, conforme relatou violou a menor depois de ingerir bebidas alcoólicas.

Agora, sob custódia policial, o indiciado afirmou não se lembrar de nada; só lembra que chamou a menor para lhe comprar crédito, mas tendo, depois, desistido porque não tinha dinheiro trocado. Todavia, confirmou que tenha consumado o acto na casa de banho.

Por sua vez, o tio da menor confirmou o crime e disse que a menor teve medo de denunciar o violador. “Comecei a prestar atenção nela e apercebi-me que estava a andar com dificuldades. Perguntei o que estava a acontecer e depois de muita conversa ela disse-me que tinha sido violentada por um nosso vizinho. Fomos a casa dele para obter esclarecimentos e recusou-se a sair de casa, o que aumentou a nossa desconfiança. Chamamos a polícia e ele foi detido, o que nós queremos, é justiça” relatou o tio.

É de referir que o índice de violência sexual contra a criança, na Matola, tem crescido nos últimos tempos. Na maioria dos casos, os autores dos abusos sexuais, contra menores, são pessoas próximas a elas. Trata-se de indivíduos com relação de proximidade com os menores, podendo mesmo ser os pais ou padrastos, que agem sob efeito de álcool ou droga. A crença obscurantista de que uma relação sexual com um menor pode gerar riqueza ou resolve problemas de saúde, também está na origem de parte dos abusos.

Segundo os últimos dados da Procuradoria-Geral da República (PGR), apresentados ao Parlamento, a violência sexual em Moçambique aumentou de 863 casos, em 2014, para 1.091, no ano passado. Tete, Sofala e Zambézia, com 137, 160 e 182 ocorrências, posicionam-se em primeiro lugar entre as províncias onde o mal foi mais relatado naquele ano.