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Munícipes de alguns bairros do Município da Matola, sentem-se agastados com as cobranças ilícitas perpetradas por alguns condutores de transportes semi-colectivos de passageiros vulgos “chapeiros”.

Segundo relatos de alguns utentes, antigamente as cobranças eram feitas  somente “na hora da ponta”, mais actualmente o cenário teve mudanças bruscas, as cobranças são feitas a qualquer hora e as mesmas são frequentes nas rotas como , Cidade da Matola/ Patrice, Fomento/ Anjo voador, Mozal/Boane, T3/ Matola C e Liberdade/ T3, onde que os passageiros praticamente são obrigados a pagar valores acrescentados para conseguir fazer-se transportar no veiculo.

Rita João residente no bairro de T3, acredita que nos últimos tempos os condutores dos transportes semi-colectivos tornaram-se gananciosos e ousados ” os chapeiros já não respeitam a polícia Municipal, para além dos desvios de rotas agora para chegar ao destino pagamos o preço de dois ou três chapas isto é para ir  a cidade da Matola pago em media 25 a 30 meticais , e eles são uns descarados autênticos ” disse.

Para Leonel Cabral residente do bairro de fomento, os maiores culpados pelas cobranças são os passageiros que tornaram-se os principais corruptores,” somos nos passageiros que fomentamos estas cobranças ao pagar as vulgares “ligações”, quem paga mais tem direito a um lugar privilegiado no veículo de transporte semi-colectivo. Por isso que os chapeiros ficaram viciados pelo dinheiro” explicou

Júlio Carlos residente do bairro de Matola-Gare, defende que os passageiros só corrompem os transportadores porque são persuadidos para o efeito, e assegura que a falta de transportes seja o principal motivo para corromper os condutores “ só aceitamos essas cobranças, para conseguir chegar aos locais de trabalhos ou regressar a tempo. Para além disso os autocarros públicos não são suficientes, por isso que achamos procuramos outros meios alternativos e aceitar estas cobranças e um deles” disse.

Por seu turno os condutores dos transportes semi-colectivo de passageiros  defendem que os utentes dos seus veículos pagam as vulgares “ligações”  por vontade própria, salientando que” nos só cobramos as “ligações” para conseguir garantir as receitas diárias estipuladas pelo patronato, e isso é para quem quer”.

Em relação a este fenómeno o porta-voz da Polícia Municipal da Matola , Abílio Nhanbanga, atribui a culpa aos utentes dos transportes semi-colectivos de passageiros ” os passageiros nunca denunciaram estes tipos de casos, inclusive o de desvio de rota. A polícia sempre esteve de prontidão para combater alegados desmandos protagonizados pelos semi-colectivos.”Disse, frisou ainda Abílio que “ a policia repudia essa atitude, os passageiros não devem submeterem-se a essas cobranças ilícitas, devem denunciar para que os responsáveis sejam punidos severamente,”concluiu.

Por: Stecio Adérito