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- Publicado em 16 setembro 2016

Nas principais ruas e avenidas da cidade da Matola é possível ver engraxadores de sapatos em todos lados. São jovens que na procura de sobrevivência fazem os pés dos outros brilharem e disso ganham o seu “pão”.
Alguns o fazem por falta de emprego e formas de sobrevivência, outros herdaram essa actividade dos seus progenitores. É uma actividade que, segundo alguns, é pouco rentável, todavia que serve de fonte de sobrevivência.
São diversas as estórias que esses engraxadores de sapatos têm por contar. Desde as celebridades que passam por eles: músicos, políticos e até altos governantes do país. O respeito, a humildade e sempre um “bom dia” na ponta do sorriso constituem os primeiros requisitos para atrair clientes nessa actividade informal. Depois de vários anos de total desrespeito a essa actividade, hoje, ela é tida como formal e considerada como importante nas grandes cidades.
Firmino, engraxador de sapatos na cidade da Matola, disse ao “Correio da Matola” que exerce essa actividade já a mais de sete (7) anos. Aprendeu os primeiros passos do seu mestre, tio, e como um autêntico aprendiz disciplinado soltou seu voo e abriu seu próprio negócio. Declarou-nos que bem antes de actuar na cidade da Matola, exercia sua actividade na capital do país, cidade de Maputo.
Com este negócio consegue sustentar sua família; três filhos e uma esposa. “Este negócio tem muito lucro, principalmente, no princípio de semana. A hora da manhã é que muitos aparecem para engraxar os seus sapatos antes de irem ao trabalho. Outros procuram nossos serviços na hora 12. – hora do almoço”. Disse o jovem engraxador.
Segundo esse engraxador da cidade da Matola, a cidade capital ainda continua como sendo o mercado mais rentável. Firmino referiu que tal como outros negócios, este tem lucro e seus prejuízos. Às vezes deparam-se com clientes que resistem pagar depois de terem os seus sapatos polidos; e às vezes vêem sua actividade reduzida a um mero exercício de esmola. “Se eu continuo sobrevivendo é que além de engraxar sapatos, vendo rebuçados e créditos de recargas para telemóveis”.